segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
Eco
Eco, eco, eco, eco, eco...?
Cadê você?
Você, você, você, você...?
Esta ai?
Ai, ai, ai, ai...?
Ou tá aqui?
Aqui, aqui, aqui, aqui...?
Eco!
Eco, eco, eco, eco, eco...?
Você se esconde?
Onde, onde, onde, onde...?
Porque não aparece?
Parece, parece, parece, parece...?
Vem!
Hein, hein, hein, hein...?
Num vem não?
Não, não, não, não...!
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
Quente
Que os braços abracem,
Que as mãos toquem.
Quero sentir calor,
Pele macia e suor.
Quero não mais me sentir,
Quero isso pra evadir,
Corpo nu
Sobre mim.
Quero sangue nas veias,
Subir pelas telhas,
Que dois sejam um.
Quero cheirar o perfume,
Sentir o ardume,
Ver teu flume,
Tua cor,
Ver teu lume.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Nomes
José, a quem chamaram de João.
Lourdes, a quem chamaram de Lúcia.
Mateus, a quem chamaram de Marcos.
Pedro, a quem chamaram de Paulo.
Judas, como chamaram o boneco.
Visconde, como chamaram o sabugo.
Honesto, como um corrupto se chama.
Cadeira, a qual se pode sentar.
Chupeta, a qual se pode chupar.
Caneta, cuja qual se pode escrever.
Letras, cujas quais se podem ler.
Amor, que alguns chamam de sexo.
Dor, que alguns chamam de amor.
Sexo, que alguns chamam de dor.
Nomes, palavras, significados...
Que alguns chamam de confusão.
quinta-feira, 6 de agosto de 2009
Epigrama*
Eu é que sou ruim...!
* Segundo o Dicionário Aurélio, epigrama é:
Substantivo masculino.
1. Poesia breve, satírica; sátira.
2. Dito mordaz e picante.
terça-feira, 4 de agosto de 2009
Querido dicionário
Já cheguei na parte com sílaba “co”, já sei o que é cociente, cocô, cócoras, co-gestão e coincidência. Destas, tenho certeza eu não mais esquecerei.
Espero, quando chegar na sílaba “zu”, ainda sobrar espaço para decorar o meu mais novo querido dicionário de inglês e depois o de espanhol. Ah, espero que sobre também para o meu futuro querido livro de matemática e também o de física, o de química, o de história, geo-história de Alagoas, biologia, geografia e filosofia.
Boa noite, querido dicionário.
segunda-feira, 3 de agosto de 2009
O Beijo
Aquele balé que acontece,
Um momento de esquecimento do mundo.
Olhares paralisantes que se cruzam,
Se encontram,
Mãos que se pedem e calmas valências.
Um momento sem existência de raciocínio.
Espelhos que não refletem,
Apenas guardam as imagens.
Cores que não distinguem-se,
Misturam-se.