Everything changes...
E nós estamos mais uma vez mudando para um novo endereço: Cartas do John em cartasdojohn.wordpress.com
#enjoy
Prosa e Poesia - do Ord'ep - Pedro Junior
sábado, 27 de dezembro de 2014
domingo, 30 de novembro de 2014
Lavanderia
Uns sentam outros levantam outros tocam outros cantam
Ou se calam silenciam se retém
Outros se mantém
Fixos
Inertes
Uns com barba outros imberbes
Grandes e também pequenos promissores ou desconhecedores
Uns se fecham te fecham te clamam
Te expulsam
Outros gritam te chamam te vendem
Te enganam
Foco pedido corpo inerte
Repetências arrependimentos
De que se está falando (?!)
Esqueci de levar pra lavar
A palma a calma a alma
quarta-feira, 5 de novembro de 2014
sábado, 1 de novembro de 2014
Mais seguro
Escrevo pra dizer que não desapareci, nem pretendo
Mas confesso que às vezes tenho vontade de voltar pro ventre.
Chego quieto sem mostrar que sou feliz
Aqui nesse mundo de substâncias
Onde muitas vezes "sub estive"
Chego também pra mostrar que nem sempre me senti feliz
Quando precisei me esconder para amar
Mas nem sempre o que procuro, acho
E nem sempre acho tudo o que está à frente dos meus olhos
Volto livre, ou quase, pelo menos internamente
Me acedo grave, uma crase, e me apresento como quero
Para alguns sou um erro
Início de um enterro
Para outros sou vida
Aqui, cá, no meu lugar
Elevando potenciais de energia
Escrevo pra dizer que há força ainda
Que há coragem e vontade de perder medos
Que há coragem de dizer que tenho medos
Encontro sentidos
Me norteando
Ou me iludindo e deixando-me levar
Vou sentindo
Vou me elevando aos poucos
Em doses particulares
Sem precisar me esconder por inteiro
Sigo, em parte, nu
Estou seguro
Em paz
Em casa.
sábado, 22 de fevereiro de 2014
Evolução Temporal
Porque as vezes parece que é tudo estacionário
E o tempo pra onde leva?
Já vi muitos no meio irem até o final e voltarem pro começo
É o que mais vejo
Mas também já vi outros, do começo, regressarem sem nem chegar ao meio
Há quem afirme ter saído desse potencial, visto coisas incríveis e voltado
Uns mais céticos preferem acompanhar o momento
Mesmo sabendo das incertezas
Poços, degraus, barreiras - por vezes enormes
Vamos passando
Os estados, as representações, a forma de medir, de se enxergar
Vai tudo mudando
E dentre tantos observáveis
Minha barba
Com a evolução do tempo
Vai clareando.
E o tempo pra onde leva?
Já vi muitos no meio irem até o final e voltarem pro começo
É o que mais vejo
Mas também já vi outros, do começo, regressarem sem nem chegar ao meio
Há quem afirme ter saído desse potencial, visto coisas incríveis e voltado
Uns mais céticos preferem acompanhar o momento
Mesmo sabendo das incertezas
Poços, degraus, barreiras - por vezes enormes
Vamos passando
Os estados, as representações, a forma de medir, de se enxergar
Vai tudo mudando
E dentre tantos observáveis
Minha barba
Com a evolução do tempo
Vai clareando.
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
Rascal
quem se esconde onde não está
veste a roupa que não é
com punho e braço conhece o pi
da circunferência de um novelo de lã
com o falso olhar do sorriso que traz
quando um molesto abraço se desfaz
quisera um sapato consertar teus pés
quem sabe um perfume pra entupir as narinas
outrora um relógio não consertou tua hora
um outro então não te trouxe ao agora
num xadrez encorpado de um tecido barato
tudo vendido
a mente
o espírito
o porco
o tédio dilacera alguns movimentos
um all star azul não cause (mais) desapontamentos
e embriagado de Chandon, se vença
em tons claros de vestes podres
em tristeza tal qual tua presença
segunda-feira, 6 de janeiro de 2014
Dormência
Santa porcaria.
De onde vem tal idiotice?
Patas de patos, rastros de ratos,
Desastres ambulantes,
Atos de não restrição.
Abre a gaveta, pega o que é teu,
Foge do meu canto,
Deixa o que é meu.
Lavo minhas mãos,
Meus olhos, não.
Quiçá um dia
De sentar tua venta
Na beira da bacia,
No caminho da cutia.
No além de outrora,
Que não seja meu presente,
Que meus pés não pisem em rastros
E me levem bem pra longe
Dessa agonia dormente.
De onde vem tal idiotice?
Patas de patos, rastros de ratos,
Desastres ambulantes,
Atos de não restrição.
Abre a gaveta, pega o que é teu,
Foge do meu canto,
Deixa o que é meu.
Lavo minhas mãos,
Meus olhos, não.
Quiçá um dia
De sentar tua venta
Na beira da bacia,
No caminho da cutia.
No além de outrora,
Que não seja meu presente,
Que meus pés não pisem em rastros
E me levem bem pra longe
Dessa agonia dormente.
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Sensações
Tantos rostos distantes com meu receio
E eu queria sentir cada um
Em silêncio de olhares.
Tantos pés caminhando,
Tantas mãos balançando,
Tantos lábios abrindo
E fechando.
E meus olhos que não sabem pra onde rogam,
Minhas pernas que não sabem pr'onde tremem.
Minha boca que também abre, para, e fecha.
São cheiros que ensurdecem meus ouvidos.
São corpos que eu não mais me esquivo.
Sensações que eu sonho vivo.
Meu suspiro mudo
Me droga.
Aos poucos meus olhos se fecham,
Eu não m sinto,
Eu me gozo
E eu queria sentir cada um
Em silêncio de olhares.
Tantos pés caminhando,
Tantas mãos balançando,
Tantos lábios abrindo
E fechando.
E meus olhos que não sabem pra onde rogam,
Minhas pernas que não sabem pr'onde tremem.
Minha boca que também abre, para, e fecha.
São cheiros que ensurdecem meus ouvidos.
São corpos que eu não mais me esquivo.
Sensações que eu sonho vivo.
Meu suspiro mudo
Me droga.
Aos poucos meus olhos se fecham,
Eu não m sinto,
Eu me gozo
sábado, 19 de outubro de 2013
Imbecil
Vejo que hoje guardo o que antes não guardava.
Quando criança rancor não ficava.
Guardo até de mim mesmo.
Rancor a todo vapor
De ser imbecil
Tolerando o que foi por tanto tempo imbecil.
Me tornei
Tentando não tornar.
Em meio a imbecis
Me calei, fiquei, participei.
Que imbecil me tornei.
E borracha não apaga todo garrancho.
E de bolacha virou minha cara de malandro.
Do que escutei e do que não fui escutado.
Guardei.
Palavras que se arquitetaram numa poesia.
Gastei. E na descarga se foi.
Rancor guardou o poeta.
Imbecil segurando a caneta.
De polo, paletó e gravata.
Rancor, o poeta ainda não descarregou.
Quando criança rancor não ficava.
Guardo até de mim mesmo.
Rancor a todo vapor
De ser imbecil
Tolerando o que foi por tanto tempo imbecil.
Me tornei
Tentando não tornar.
Em meio a imbecis
Me calei, fiquei, participei.
Que imbecil me tornei.
E borracha não apaga todo garrancho.
E de bolacha virou minha cara de malandro.
Do que escutei e do que não fui escutado.
Guardei.
Palavras que se arquitetaram numa poesia.
Gastei. E na descarga se foi.
Rancor guardou o poeta.
Imbecil segurando a caneta.
De polo, paletó e gravata.
Rancor, o poeta ainda não descarregou.
sexta-feira, 18 de outubro de 2013
Rio Mar
De platônico,
Me arrisco a dizer que me perdi,
Encantado, aos teus pés, admiro
Quão alto é.
Salve Espírito Santo,
Que te pariu,
Pra onde rezo.
Onde olharei com olhos rasos
Procurando figura igual.
Queria seguir contigo e vigiar-te.
Resta imaginar tua molecagem.
Talvez nem me leia.
Nem eu contemple mais tua presença.
Mas lembrarei do teu nome e sorriso
Em trocadilhos nesta pequena.
Hoje me despeço.
Com tamanho medo certo,
Fico quieto.
Fico por aqui, nas lagoas.
Fica meu olhar indiscreto
Olhando pro além de um fluido complexo.
Me arrisco a dizer que me perdi,
Encantado, aos teus pés, admiro
Quão alto é.
Salve Espírito Santo,
Que te pariu,
Pra onde rezo.
Onde olharei com olhos rasos
Procurando figura igual.
Queria seguir contigo e vigiar-te.
Resta imaginar tua molecagem.
Talvez nem me leia.
Nem eu contemple mais tua presença.
Mas lembrarei do teu nome e sorriso
Em trocadilhos nesta pequena.
Hoje me despeço.
Com tamanho medo certo,
Fico quieto.
Fico por aqui, nas lagoas.
Fica meu olhar indiscreto
Olhando pro além de um fluido complexo.
quinta-feira, 5 de setembro de 2013
Sophia
É ela, da cor da minha,
cor carla,
negra e linda.
Só, sou cabelo
sou cabelos de sophia
menina com raça e poesia.
É ela, do tamanho que quiseres
te roubando solidão,
oferecendo companhia.
Nietzsche recomendou.
Quem te olha e ri,
ri e te adora...
E eu com minha cara
de rabo
me acedo teu John,
e tu, nossa Bunita.
sexta-feira, 23 de agosto de 2013
Era uma vez
Que metamorfose de Kafka escolhi me tornar?
Escolhi?
Quem sou eu?
Troquei minha vã filosofia, nem meu eu restou.
Eu nao como, eu não riu...
Falta capital.
Sou uma força jogando palavras pelos cantos,
Palavras, palavras, momentos...
Abrindo gavetas.
Devo ser um disco voador.
E quem me vê parado, metamorfoseado, garante
que eu não posso dançar.
Cheguei numa viela.
Agora volto atrás.
Olhos abertos, coração fechado,
clichê de cartinha.
Eu tô voltando pra casa, mais uma vez.
Escolhi?
Quem sou eu?
Troquei minha vã filosofia, nem meu eu restou.
Eu nao como, eu não riu...
Falta capital.
Sou uma força jogando palavras pelos cantos,
Palavras, palavras, momentos...
Abrindo gavetas.
Devo ser um disco voador.
E quem me vê parado, metamorfoseado, garante
que eu não posso dançar.
Cheguei numa viela.
Agora volto atrás.
Olhos abertos, coração fechado,
clichê de cartinha.
Eu tô voltando pra casa, mais uma vez.
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