terça-feira, 28 de abril de 2009

Quase Noite

É fim de tarde

É quase noite.

Meu amor não liga,

Meu amor não chega.

Parece que me esqueceu

Ou que na quer mais me ver.


Pois a noite já chegou

E eu só, estou

Pensando na chegada do meu amor.


É meio de noite

E o frio também chegou.

Agora não sei mais o que pensar.

Onde estará o meu amor.


E que amor será esse?

Será mesmo o meu amor?

Será que amor se deixa?

Será que amor se queixa?

Por que ainda não passou?


Vou esperar mais um tantinho,

Ainda o tenho com carinho

Pois amor também é seita,

A gente se prende

E se surpreende,

Mas com jeitinho

A gente ajeita.


Vou dormir e vou sonhar

Com meu amor que essa noite não veio.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Time to go

Nothing, nothing,
nor a word,
nor a letter.

There isn't anything,
nor good,
nor bad.

What lives here is nothing.

I don't know why.
why?

Maybe I'm nothing,
or I want to be that.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A caneta

Peguei uma caneta,
fiquei girando-a entre os dedos.

Uma moça linda passou,
me disse "oi" e eu respondi.

Mas para respondê-la
eu parei de girar a caneta.

A má escola

Era quase sempre assim quando na escola eu estudava.
Um professor ensinava equação e raíz, outro, do verbo to be falava.
Tinha o que falasse de Dom Pedro e da República, mas,  outro que do relevo brasileiro não passava.
Eram esses, os mesmos assuntos, que a gente sempre via, o ano inteiro, todo dia.
Houve um tempo até, que quiseram, lá,  me ensinar a rezar.
Mas ninguém me respondia, talvez não sabiam, o porque que eu tinha que estudar.
Um dia eu descobri porque daquilo nào gostava.
Num telejornal vi e ouvi, uma médica entrevistada dizendo que nosso organismo rejeita o que não o serve, não presta ou o que faz mal.
Então tive a resposta do porque que depois das aulas, chegava em casa enjoado, ia ao banheiro e vomitava.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Cegos na estrada

Eles caminham numa avenida,
uma avenida circular
que os remete sempre
ao mesmo lugar.

Caminham lentamente,
não têm pressa de chegar.
Sabem muito bem
que não sairão daquele lugar.

São inocentes de olhos vedados,
não olham pra frente nem pra trás
por não querer ou poder,
por medo ou preguiça,
por oportunidade.

Se encontram todos os dias,
inclusive em feriados.
Suas conversas já são vazias,
falam e escutam sempre
o mesmo papo furado.

É quando começam as gargalhadas
da piada de ontem ou da semana passada.
Então já saturado, chega o dono da estrada
pra contar uma super nova
que traçará mais sete dias
na boca dos entulhados
que trabalharão mais uma semana na mesma avenida
com os olhos vedados
pra ganhar o equivalente a uma semana de trocados.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nada Ainda

E o peixe nada.
Nada pra fazer,
Nada pra comer,
Nada pra falar,
Nada para ver.

O peixe nada pra viver.

Nada para amar,
para se emocionar.
Nada por equanto,
Nada por nadar.

O peixe nada pra respirar.

Nada para cima,
Nada para sina,
Nada para frente,
O peixe nada ainda.


Ord'ep
Jacob

quinta-feira, 2 de abril de 2009

cansados querendo escapar

cansado cansado cansado
cansado
me tirem daqui

cansado cansado cansado
socorro
não posso dormir

cansado
estou ficando louco
eu acho que vou fugir

cansado
eu não sou robô
cansado
eu quero sair

cansado cansado cansado
cansado
vou me esconder

acho que vou me retirar
estou com sede
quero comer

cansado cansado
olheiras
meus olhos querem se fechar

onde estão
onde estão as cadeiras
eu também quero sentar

cansado cansado cansado
não sei se vou aguentar

dormindo com os olhos abertos
cansados de nada pra olhar