quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

O colecionador de canudos

Encontrei milhares de riquezas no sul da Palestina. O ocidente já não me deixa em paz.
Estou com febre e moribundo, mórbido e desfigurado. Os espíritos, todos, se inflamaram, e as águas tintas às veias surradas derramaram-se num estranho morim.
O contemporâneo esboça minha lâmina, e minha ira retoma a idade central: “o curumim a mendigar o linguajar dentro de mim”.
Meu sono entorpecido pela destreza que tive ontem fabrica ilusões em meus olhos fatigados.
Não acompanho a hora fria, e nem consigo. Ninguém me segue, ninguém me ouve, ninguém me vê, ninguém me viu, ninguém me sabe.
Descubro aos poucos, além disso, que meu lugar é o retorno, que os que me tiram me deixam lá, e quando há tudo não tenho utopia, não tenho redor, não tenho radar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário