sábado, 17 de abril de 2010

Canção das belas idas

Linda, toda lima.
Como a vinda de um dia,
Como a trinda que se infinda.

Bela, como a tela de uma era,
Como a terra que te espera,
Como a erva que desterra.

A ouvi, como um tom de colibri...

Meu encantei, meio a tanto me inspirei.
Hoje nem sei
Aonde vou, que direi.

Nem sei mais das madrugadas,
Sob a luz parda mal olhada,
Esperando o sol raiar.

E que dirá a minha amada,
Que ali triste e embriagada
Me espera a meninar.

E como se foi do colibri
Que quando vi não mais estava.
Talvez, por tanto, o esqueci.

O meu amor que não estava,
O canto do colibri.
Mais uma noite a madrugada.
Mais uma noite e não dormi.

O sono denso,
O sonho intenso,
E em minha mente o colibri.

O silencio se fez canção
E eu amei a solidão
Prometida desde então
Pois perdi meu colibri.

E agora coração?
O que faço com a razão?
Que perdi tempos atrás
Onde ele mesmo se desfaz.

Recordando só saudades.
Pensando nas intimidades
Que o colibri cantava.

Se vale a pena ao colibri,
Não sei.
Pois a ave de belo canto
Foi-se embora de mim.

A tristeza é um lamento
De um canto em que lamento:
A ida do colibri.

sábado, 10 de abril de 2010

sou meu coração

coração bobo

bate desordenado,

bate, me deixa calado,

sou bobo também

 

cabeça com o pensar

longe,

bem longe do chão da estrada

e o coração não para.

estou longe também.

 

saudade faz brilhar os olhos,

mostrar um sorriso

num compasso bem lento

pensando num abraço.

ainda estou a caminho.

 

sou meu coração.

quinta-feira, 1 de abril de 2010

contigocontente

deixaeupularacerca

porquedesteladosótemsolidão

queroestarsemprecontigo

ealiviaradordomeucoração

 

dediaveropasto

asfloresdocampo

ospássarosvoando

noventosentirteuabraço

 

detardeficarnumasombra

comteuombroaomeulado

etuacabeçaencostadajuntoaminhacabeça.

 

denoiteolharasestrelas

navarandadafrente

contente.