terça-feira, 25 de outubro de 2011

Silêncio

Silêncio.
É só o que escuto
nos minutos que antecedem
minha eufórica agonia.
É quando me perco em pensamentos perdidos
que há minutos atrás já havia esquecido.
Mas basta o silêncio.
É quando se aceleram as batidas
como se fosse sair correndo
pra longe,
um tanto longe
do meu espaço sideral.
É o silêncio que basta para que eu também me cale.
Eu calo a língua, calo os ouvidos,
os olhos,
calo o tato,
o que não cala é o coração.
Mas o coração bate em silêncio
com medo
do silêncio.

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