E eu no meu balanço
só no meu descanso
no olhar perdido e vago
com meu pensar atrapalhado.
A boca despercebida
entreaberta pra entrar ar
entre a voz e o silêncio
do meu grito.
A postura dos olhos muda.
E os lábios fazem gestos
de desgosto:
deslocam-se pra esquerda ou pra direita
e completam um sorriso invertido.
E o balanço perturbante
dos meus olhos
da minha carcaça
do meu peito
do meu âmago
e do mundo
continua.
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