quarta-feira, 17 de março de 2010

Tímido

São poucos os meus livros,

os artigos,

os jornais que li.

Mas tudo é pouco

sempre quando ouço

sua voz

mais uma vez.

Quero que a idade não venha,

pois, aí meu Deus, que pena

não estar mais com você.

Mudo, de repente, o tom

da minha voz agreste,

de cabra da peste

para um quase mudo som.

Sei que vão faltar palavras

quando um batido bem apertado

me fizer fechar os olhos

e escancarar meu coração.

Quero, então, terminar sem rima

Como fiz no começo

desta declaração de amor.

3 comentários:

  1. que lindo...gostei da passagem "mas tudo é pouco sempre quando ouço sua voz..."

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  2. Li uma vez que um poeta só precisa de um coraçã para produzir algo, porém acho que ele tabém deve ter inspiração no coração produtor, um objtivo que o faça fazer as coisas tão bem como você faz.
    muito bom...

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