O tempo apaga o cigarro,
O cigarro apaga-me,
Eu apago sozinho,
Sozinho, apaguei o escuro.
O escuro apagou minha vista,
Minha vista apagou meu coração.
O escuro me escondeu quietinho,
O chama do cigarro me mostrou na escuridão.
O tempo apaga o cigarro,
O cigarro apaga-me,
Eu apago sozinho,
Sozinho, apaguei o escuro.
O escuro apagou minha vista,
Minha vista apagou meu coração.
O escuro me escondeu quietinho,
O chama do cigarro me mostrou na escuridão.
Eu não tenho, eu não sigo cartilha.
Eu sou cego, eu não vejo a verdade,
Nunca me evangelizaram com escrituras em braile.
Há quem siga sabido e entendido.
Eu não, sou tolo, desnudo,
Faço parte da classe dos vultos.
Há quem insista que está tudo calculado.
Eu sinto que sou mais um,
Parte de uma errata
Inadmitida e mal amada.
É um ímã
Capazes de criar
Dipolos
Alinhados
Na mesma direção.
Especificamente naquela direção.
Eu sou apenas ferromagnético,
Sou esse que dispõe todos os seus momentos
Magnéticos.
São meus férmions tolos,
Que são fracos,
Me tornam fraco,
(E forte também).
Porque não me abro logo?
– Bestificado.