sábado, 27 de dezembro de 2014

Migrando para novo endereço

Everything changes...

E nós estamos mais uma vez mudando para um novo endereço: Cartas do John em cartasdojohn.wordpress.com


#enjoy

domingo, 30 de novembro de 2014

Lavanderia

Uns sentam outros levantam outros tocam outros cantam
Ou se calam silenciam se retém 

Outros se mantém 
Fixos
Inertes
Uns com barba outros imberbes
Grandes e também pequenos promissores ou desconhecedores 

Uns se fecham te fecham te clamam
Te expulsam 
Outros gritam te chamam te vendem
Te enganam 

Foco pedido corpo inerte
Repetências arrependimentos 

De que se está falando (?!)

Esqueci de levar pra lavar
A palma a calma a alma 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

Sorriem

Quando timidez se transforma em sorrisos...
É bom né?

Quando estão ali sem muito pra falar e tanto pra olhar
Mas falam 
E olham 
E sorriem 

É bom te olhar 
É bom teu olhar 
Né?

sábado, 1 de novembro de 2014

Mais seguro

Escrevo pra dizer que não desapareci, nem pretendo
Mas confesso que às vezes tenho vontade de voltar pro ventre.

Chego quieto sem mostrar que sou feliz 
Aqui nesse mundo de substâncias 
Onde muitas vezes "sub estive"

Chego também pra mostrar que nem sempre me senti feliz 
Quando precisei me esconder para amar 

Mas nem sempre o que procuro, acho
E nem sempre acho tudo o que está à frente dos meus olhos 

Volto livre, ou quase, pelo menos internamente 
Me acedo grave, uma crase, e me apresento como quero 

Para alguns sou um erro
Início de um enterro

Para outros sou vida
Aqui, cá, no meu lugar
Elevando potenciais de energia 

Escrevo pra dizer que há força ainda
Que há coragem e vontade de perder medos 
Que há coragem de dizer que tenho medos

Encontro sentidos
Me norteando 
Ou me iludindo e deixando-me levar 
Vou sentindo

Vou me elevando aos poucos
Em doses particulares
Sem precisar me esconder por inteiro
Sigo, em parte, nu
Estou seguro 
Em paz
Em casa.


sábado, 22 de fevereiro de 2014

Evolução Temporal

Porque as vezes parece que é tudo estacionário
E o tempo pra onde leva?

Já vi muitos no meio irem até o final e voltarem pro começo
É o que mais vejo
Mas também já vi outros, do começo, regressarem sem nem chegar ao meio

Há quem afirme ter saído desse potencial, visto coisas incríveis e voltado
Uns mais céticos preferem acompanhar o momento
Mesmo sabendo das incertezas

Poços, degraus, barreiras - por vezes enormes
Vamos passando

Os estados, as representações, a forma de medir, de se enxergar
Vai tudo mudando

E dentre tantos observáveis
Minha barba
Com a evolução do tempo
Vai clareando.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Rascal

quem se esconde onde não está
veste a roupa que não é
com punho e braço conhece o pi 
da circunferência de um novelo de lã
com o falso olhar do sorriso que traz
quando um molesto abraço se desfaz

quisera um sapato consertar teus pés
quem sabe um perfume pra entupir as narinas
outrora um relógio não consertou tua hora
um outro então não te trouxe ao agora
num xadrez encorpado de um tecido barato
tudo vendido
a mente
o espírito
o porco

o tédio dilacera alguns movimentos
um all star azul não cause (mais) desapontamentos
e embriagado de Chandon, se vença
em tons claros de vestes podres
em tristeza tal qual tua presença

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Dormência

Santa porcaria.
De onde vem tal idiotice?
Patas de patos, rastros de ratos,
Desastres ambulantes,
Atos de não restrição.

Abre a gaveta, pega o que é teu,
Foge do meu canto,
Deixa o que é meu.

Lavo minhas mãos,
Meus olhos, não.

Quiçá um dia
De sentar tua venta
Na beira da bacia,
No caminho da cutia.

No além de outrora,
Que não seja meu presente,
Que meus pés não pisem em rastros
E me levem bem pra longe
Dessa agonia dormente.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Sensações

Tantos rostos distantes com meu receio
E eu queria sentir cada um
Em silêncio de olhares.

Tantos pés caminhando,
Tantas mãos balançando,
Tantos lábios abrindo
E fechando.

E meus olhos que não sabem pra onde rogam,
Minhas pernas que não sabem pr'onde tremem.
Minha boca que também abre, para, e fecha.

São cheiros que ensurdecem meus ouvidos.
São corpos que eu não mais me esquivo.
Sensações que eu sonho vivo.

Meu suspiro mudo
Me droga.
Aos poucos meus olhos se fecham,
Eu não m sinto,
Eu me gozo

sábado, 19 de outubro de 2013

Imbecil

Vejo que hoje guardo o que antes não guardava.
Quando criança rancor não ficava.

Guardo até de mim mesmo.
Rancor a todo vapor
De ser imbecil
Tolerando o que foi por tanto tempo imbecil.

Me tornei
Tentando não tornar.
Em meio a imbecis
Me calei, fiquei, participei.
Que imbecil me tornei.

E borracha não apaga todo garrancho.
E de bolacha virou minha cara de malandro.

Do que escutei e do que não fui escutado.
Guardei.

Palavras que se arquitetaram numa poesia.
Gastei. E na descarga se foi.

Rancor guardou o poeta.
Imbecil segurando a caneta.

De polo, paletó e gravata.
Rancor, o poeta ainda não descarregou.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Rio Mar

De platônico,
Me arrisco a dizer que me perdi,
Encantado, aos teus pés, admiro
Quão alto é.

Salve Espírito Santo,
Que te pariu,
Pra onde rezo.
Onde olharei com olhos rasos
Procurando figura igual.

Queria seguir contigo e vigiar-te.
Resta imaginar tua molecagem.

Talvez nem me leia.
Nem eu contemple mais tua presença.
Mas lembrarei do teu nome e sorriso
Em trocadilhos nesta pequena.

Hoje me despeço.
Com tamanho medo certo,
Fico quieto.
Fico por aqui, nas lagoas.
Fica meu olhar indiscreto
Olhando pro além de um fluido complexo.

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Sophia

É ela, da cor da minha, 
cor carla, 
negra e linda.

Só, sou cabelo
sou cabelos de sophia
menina com raça e poesia.

É ela, do tamanho que quiseres
te roubando solidão,
oferecendo companhia. 
Nietzsche recomendou.

Quem te olha e ri,
ri e te adora... 

E eu com minha cara
de rabo
me acedo teu John,
e tu, nossa Bunita.

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Era uma vez

Que metamorfose de Kafka escolhi me tornar?
Escolhi?

Quem sou eu?
Troquei minha vã filosofia, nem meu eu restou.

Eu nao como, eu não riu...
Falta capital.

Sou uma força jogando palavras pelos cantos,
Palavras, palavras, momentos...
Abrindo gavetas.
Devo ser um disco voador.

E quem me vê parado, metamorfoseado, garante
que eu não posso dançar.

Cheguei numa viela.
Agora volto atrás.

Olhos abertos, coração fechado,
clichê de cartinha.
Eu tô voltando pra casa, mais uma vez.