sexta-feira, 23 de dezembro de 2011
Fugir
Porque há algo em mim que precisa sumir.
Há algo em nós que é preciso esquecer.
Há algo no esquecer que me faz bem.
Desapareço, por assim dizer, por conveniência.
Uma forma de dizer que não quer noticiar.
Escureço pra ninguém me entender.
E é num desfoque que o meu nítido se destaca.
Uma flor ou uma faca.
Eu sumo pra ninguém me enxergar inteiro.
Sonhando, sou cordeiro.
Acordado, conspirador.
Estou no meio da minha bagunça.
Fujo por não sentir calor.
quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
Lençóis
Diferentes manchas.
Cores diferentes e cheiros diferentes.
Ares diferentes no mesmo lugar, em tempos diferentes...
Vozes diferentes pedindo coisas diferentes
em constrangimentos diferentes
num sexo diferente.
Na posição diferente,
onde antes já se quisera estar.
Afobados, carentes, contentes,
inconsequentes.
Potentes.
Lençóis molhados
de cheiros ardentes
que incendeiam tão tranquilamente
quanto já incendiaram.
terça-feira, 13 de dezembro de 2011
do coração
Queria a tua voz com um sorriso feliz por trás.
Eu queria o teu "oi" de tarde e no fim da tarde.
Queria o teu olhar
com olhos pequenos e brilhantes.
Eu queria não ter você só aqui dentro.
Queria segurar tua mão
pra eu me sentir seguro.
Pode ser só saudade,
pode ser só solidão,
pode ser só fase.
E pode ser certeza e dúvida
do coração.
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
De fora
tu olhas.
Não pensamos.
Não sonhamos.
Tu chegas, tu sais
Eu olho.
Não pensamos.
Não olhamos para trás.
Nós entramos, nós saímos
nos olhamos.
Não pensamos.
Não sentimos.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
Ferida
segunda-feira, 31 de outubro de 2011
22 Horas
Talvez haja um motivo pra sair a noite e ver a lua sorrindo pra você.
Sim, e ela se mantém.
Parece que nada pode abalar um centímetro sequer de sua forma.
Sinceramente, eu gostaria de estar descalço.
Mas não basta só estar descalço, tem que estar correndo na areia e no barro como aquelas crianças.
Não sei se aos poucos as estrelas vão aparecendo ou se sou eu que aos poucos as vou percebendo...
Sei que a lua sorri de longe e minha estrela está lá, ao lado daquela lua no plano que eu posso perceber, longe, atrás da pequena nuvem que enquadra o sorriso da lua pra mim.
terça-feira, 25 de outubro de 2011
Silêncio
domingo, 2 de outubro de 2011
Existe
Pequeno
segunda-feira, 26 de setembro de 2011
cansados
me tirem daqui
cansado cansado cansado
socorro
não posso dormir
cansado
estou ficando louco
eu acho que vou fugir
cansado
eu não sou robô
cansado
eu quero sair
cansado cansado cansado
cansado
vou me esconder
acho que vou me retirar
estou com sede
quero comer
cansado cansado
olheiras
meus olhos querem se fechar
onde estão
onde estão as cadeiras
eu também quero sentar
cansado cansado cansado
não sei se vou aguentar
dormindo com os olhos abertos
cansados de nada pra olhar
sábado, 20 de agosto de 2011
Calor
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
Desapareço
quarta-feira, 17 de agosto de 2011
Cortesia Amante
Luz dos teus olho que me alumeia,
Uma luz que me dá esperança
Como um candinhero nas noite calma.
Intriga meu coração sabê que
Nem teu abraço posso ter.
Esquenta minha alma e destrói minhas
Lombriga como se fosse
Mágica.
Ah! Como eu te gosto.
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Eterno
domingo, 10 de julho de 2011
O corpo
mas fica louco.
A fome é tanta
que come os lábios.
A mão pega fogo
e esquenta o corpo.
Os olhos abertos continuam fechados.
E a língua calada continua vadia.
O suspiro, o suor, o gemido...
O cheiro fica
e guarda a lembrança
da dança.
sábado, 25 de junho de 2011
Imberbe
sábado, 4 de junho de 2011
Falta
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Acho que estou naquela de só pensar.
Os olhos enxergam coisas demais,
é melhor os fechar.
Tudo o que me rodeia é pouco.
Falta algo importante que é difícil encontrar.
Comentar meu presente só ajuda lembrar
que não posso ser louco,
estou privado de voar
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quarta-feira, 25 de maio de 2011
O Papel
não sou mais eu, sou só um tolo.
Aqui posso ser deprê.
Sentido falta, saudade;
sentimento sem saber se é verdade.
Aqui posso desabafar.
Aqui também posso gritar
com raiva do tempo e de tudo,
de mim mesmo e
de você.
Posso chorar;
só vou te molhar
com um pingo salgado.
Mas você vai secar e
talvez se enrugar.
Vou te comer
com minha caneta,
vou te fuder.
Aqui posso gozar.
Posso...
Aqui posso
querer.
segunda-feira, 16 de maio de 2011
Waiting
segunda-feira, 9 de maio de 2011
Na onda do mobile blogger
Agora estou entrando na onda de postar via celular...
Este é um post teste!
Um abraço pra todos.
E viva a poesia
terça-feira, 3 de maio de 2011
O resto morreu
domingo, 24 de abril de 2011
Feito Giz
Me descrevo, me leio,
Me apago.
Reescrevo, me refaço,
Sou de giz.
Me despedaço,
Me escondo, cor de baço
No escuro
Me disfarço.
Sou do chão.
E neste exato momento
Sou um cão.
Vou latindo, me mostrando,
- olhem pro chão!
Sou de giz,
Risco calçada, risco parede,
Estou aqui.
Sou da criança,
Da água da chuva que me apaga e que me leva.
Sou do que me usa, que lê, escreve,
Do que vira as costas, dá pra trás,
E me esquece.
Desapareço,
E eu mesmo também
Me esqueço.
quinta-feira, 21 de abril de 2011
Infarto
segunda-feira, 11 de abril de 2011
Saudade
quinta-feira, 7 de abril de 2011
Time to go
sábado, 19 de fevereiro de 2011
Meus Cacos
quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011
Meu Ninho
E se você fosse um sonho
que sonho
sozinho.
Não quero mais aquele tempo
temo
faltar carinho.
Sinto a falta sua,
e seu
cafuné
no meu
colarinho.
Ouço sua voz falando,
ditando,
…,
baixinho.
Penso que seu for embora
agora
não viverei
sem ninho.
segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011
Valioso
Há algo bom em mim hoje.
Um misto de chuva e vontade voar.
Parece que o tempo esta acabando,
e, deveras, está.
Por que o chão está tão frio
é que me vem esse desejo de deitar – nele.
Um toque,
Um frio,
Um vazio preenchido.
Um querer de estar intrinsicamente contido.
Um minuto assim
é infinito.
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
sábado, 29 de janeiro de 2011
A chama
O tempo apaga o cigarro,
O cigarro apaga-me,
Eu apago sozinho,
Sozinho, apaguei o escuro.
O escuro apagou minha vista,
Minha vista apagou meu coração.
O escuro me escondeu quietinho,
O chama do cigarro me mostrou na escuridão.
terça-feira, 25 de janeiro de 2011
Momento Quimera
quando ao mesmo tempo me encaminha a um termo inconsciente a mente nua.
Sem dar conta dos suspiros eloquentes tentadores
que circundam a presente atmosfera de prazeres e quimeras.
Suspiros que destroem minha lucidez,
desconsertam meu sangue,
e provocam luxuria
em minha língua e em minhas mãos.
Que pena que essa atmosfera é apenas quimera,
quem dera...
resta-me agora o deslumbre dos momentos opacos
que ao som de Renato
acalmam-se: meu corpo, minha mente.
Não mais sou “animal”, volto a ser alguém.
Escravo dessa vida insalubre.
domingo, 23 de janeiro de 2011
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
Lembrança do ultimo telefonema
Seu pensamento há muito não se encontra com o meu.
Involuntariamente as letras do seu nome aqui se perderam.
Kdê aquela conversa babada?
Eu estou longe Y você?
Já passei horas com você M minha mente.
Não E suficiente O que quero te diZer.
Nosso eLo nunca foi atado,
Mas seu corpo me prendeu.
Ainda lembro o que sua voz dIZia.
Te digo, nuNca te esqueci, apenas não te telefono.
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
Errata
Eu não tenho, eu não sigo cartilha.
Eu sou cego, eu não vejo a verdade,
Nunca me evangelizaram com escrituras em braile.
Há quem siga sabido e entendido.
Eu não, sou tolo, desnudo,
Faço parte da classe dos vultos.
Há quem insista que está tudo calculado.
Eu sinto que sou mais um,
Parte de uma errata
Inadmitida e mal amada.
quinta-feira, 13 de janeiro de 2011
Momento Magnético
É um ímã
Capazes de criar
Dipolos
Alinhados
Na mesma direção.
Especificamente naquela direção.
Eu sou apenas ferromagnético,
Sou esse que dispõe todos os seus momentos
Magnéticos.
São meus férmions tolos,
Que são fracos,
Me tornam fraco,
(E forte também).
Porque não me abro logo?
– Bestificado.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
A Xícara
ela seca.
Se eu bato,
ela vira.
Se eu tento completá-la,
ela me engana,
fica tudo atrás da espuma,
finge que ainda não é o limiar
e esborra.
Me queima a boca
e adoça minha língua...
ao mesmo tempo.
Me provoca, redonda,
com seu líquido fervendo.
Depois do banho,
sempre fica um pouco
de água em sua boca,
se não em seu corpo,
se não em seu interior.