quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

novo tempo bom

Traços estraçalhados

de um mundo  desconcertado

por um ano que passou.

 

Tempo,

o que é o tempo

se tempos não são iguais?

 

Guerra, bombas, ciladas,

violência, estupro, roubadas,

são todos águas passadas,

hoje o que quero é amor.

 

Sentir que o vento que vem é bom.

Que se ele não vier eu corro

pra sentí-lo com mais euforia,

gritando de alegria

que eu vivo um tempo novo.

 

Sair pulando, cantando, dançando,

todo o mundo embalando,

já tivemos muita dor.

 

Agora, pensemos na paz,

o que nos torna capazes

de ter um tempo bom.

sábado, 26 de dezembro de 2009

Um ciclo para as flores

são bonitas, coloridas,

nascem, crescem e mucham….  caem…

… mais um ciclo de vida.

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

ao infinito

Lugar nenhum, 18 de junho de alguma coisa.

Saudações!

Como vai você? Estive sabendo de sua ausência ontem fiquei triste por você. E então hoje como começou seu dia? Espero que tenha sido melhor que os anteriores.
Todos aqui estão com saudades, principalmente a Joaninha, que manda-te muitos beijos e diz que ama-te muito.
Tia cartolina esta melhorando a voz, e a gagueira está desaparecendo. E tio Pompeu comprou novos óculos.
Ganhamos na loteria! Alias foi Martelinha quem ganhou, e agora pôs-se a ajudar todo mundo.
Já escolhemos o nome de minha filha, será uma mistura dos nomes dos pais, é meio estranho mas dá pra acostumar, vai se chamar Curtina.
Bem, espero que o carteiro aí do canto azul, de muitas nuvens e estrelas, seja breve na entrega de correspondências, pois quero que mandes ao menos um celograma assim que receberdes este pensamento postal.

Com carinho
Luminária

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Fim de Ano

Somos criaturas interessantes.
Mas quer ver interessante mesmo é amigo!
Amigo está com você até quando está de saco cheio,
Quando não tem nada pra fazer,
Quando quer se divertir...
E outras coisas que não vou dizer!

Amigos estão conosco pra um monte de coisa!
Até pra chorar em enterro de gato e cachorro.
Não que eu ande enterrando esses animais,
Mas...


Quando o período que consideramos como ano chega ao fim pra começar outro, a gente pensa nos amigos. Não é?
Why?
Bom, o importante é que lembramos e somos sempre lembrados.

Assim, meus amigos,
Quero desejar à vocês ótimas festas de fim de ano e início de outro.
Aguardo novas aventuras,
Um forte abraço pra todos.

Pedro Junior

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Cool

Meu infanto-juvenil alcoólico doesn’t finish.
It se encontra with migo, em my cérebro.
Eu me encontro em my próprio abrigo,
Pensando em meu cérebro, não.
Meus eyes recebem as informações
E my cérebro brain cerebelo;
Belo que me anima,
Que dá coragem e que me põe em pé;
Em pé que me faz seguir em frente.

sábado, 12 de dezembro de 2009

Água Ardente

Água com açúcar
com açúcar demais
além da conta

Água destilada
tridestilada
cristalina

Com gotas de mel
toque de limão
misturada com alcatrão

Água em porcetagem
tubo, litro
copo
dose

Água de verdade
misturada
com água de mentira

Água com cevada
água ardente
água de barril

Água envelhecida
com suco de uva
água com sabor

Água refrescante
com toque de menta
licor.

domingo, 6 de dezembro de 2009

A serrinha

É a serrinha do povo feliz

Dos vizinhos da serra dos bois

Vizinhos do Panema.

Vizinhos dos vizinhos distantes

De distâncias de léguas.

É a serrinha da erva

Da cura

Da sobriedade.

É a serrinha de serras

Uma encangada na outra

Pros vizinhos poderem se achegar.

Serra de frio

Neblina da manhã

Açude barrento

Galinha de capoeira

Vaca leiteira

Terrenos de palma.

É a serrinha do povo que sonha

Que vai a escolinha

Bem de manhãzinha

Pra aprender o abc

Depois ir pra roça

Arar

Plantar

Cultivar

Colher

Comer

É a serrinha de povo

De vizinho distante

Do Panema

Que enche e seca

Serrinha da erva

Do povo

feliz.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Um universo

Às vezes parece que tudo é simples.

E por que não seria?


O vento sopra muito mais frio pra uns do que pra mim,

E o sol também é muito mais quente pra uns do que pra mim.

A chuva é outro momento,

Falta pra uns e alaga pra outros.

Como já dizia um ditado brega, "cada pessoas é um mundo"

E são milhões de pensamentos,

Por que não infinitos?


Às vezes parece que nada é simples

E por que seria?

domingo, 22 de novembro de 2009

Skyline

Eagle that flies free,
What the sky guards for me.
Carry me around the world
And show me what I can’t see.

Eagle, under the happiness rain,
Close the door of the pain.
Give me the key of the freedom
And let me be a free man.

Eagle, leave this place,
Follow the sign,
Sing at the sky
And make what doesn’t break.

Eagle, brig me the light,
Wake me up inside.
Become the wished peace
And continue to believe
That world will rise.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sonhos de a diante

Quero descansar sonhando que tudo será bom.
Doravante irei em frente sonhando,
E a diante sonharei mais ainda.

Se antes sonhos não eram minha felicidade,
Que de hoje eles construam minha majestade.

Sonhar, porque o sonho é pacífico,
Porque quem sonha suspira,
Quem sonha tem esperança.
Porque sonhar não cansa,
Se o sonho é tranquilo.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Saudades

Próxima semana minha cama estará vazia

Outra vez.

Vou ao destino.

Vou procurar outras formas de viver.

Às vezes outros olhares são necessários

E outros confortos também.

Próxima semana vou me lembrar da minha cama

Que me espera forrada.

Vou estar com alguns amigos

E me lembrando de outros.

Vou estar com outra

E me lembrar daquela que fazia sorrir.

Próxima semana vou contar as letras como foi minha semana.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Sexta-feira 16

Hoje estou meio piongo, gostaria de postar uma poesia alegre, geralmente nas noites de sexta estou muito animando e tudo mais, mas hoje estou piongo!

Também não vou postar nada triste... posso ficar mais piongo ainda.

Hoje vou postar só isso.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O fim do mundo II

E se o mundo acabasse agora?
Não!
É melhor não.
Ainda tenho que me bronzear na praia.
Só estou livre segunda-feira que vem.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Crônica cruzada da mulher que cuidou do homem

A mulher cuidou do homem,

Cuidou dos filhos,

Cuidou da casa,

Cuidou dos avós,

Cuidou dos pais.


 

Aquela mulher cuido daquele homem

Que ficou debilitado.

Ela cuidou de tanta gente

Por ele.


 

Ela não dormiu direito,

Ela não comeu direito,

Ela não bebeu direito.


 

Aquela mulher cuidou da cama,

Cuidou das roupas,

Cuidou fogão.


 

Aquela mulher cuidou de tudo feliz.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Ricos e pobres


 

Pobres, pobres, pobres,

Pobres porcos,

De espírito fraco.

Pobres indigentes,

Incapazes, inocentes,

Não conheceram mais além,

Devem, não sabem a quem.


 

Ricos, ricos, ricos,

Ricos de ignorância,

De espírito ruim.

Descontentes, não condizentes,

Não se importam com o mais além,

Não devem, não sabem a quem.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Hoje presenciei uma situação intrigante. Na fila do caixa eletrônico havia cerca de 15 pessoas. Um rapaz chega com um capacete na mão, mancando, e vai até o próxima pessoa que irá ao caixa, pede por favor que o deixe ir na frente e, mostrando a região da panturrilha, diz que está com um ferimento.
De fato estava com um ferimento, não parecia ser nem tão simples, nem tão grave.
Bem, a pessoa da fila o deixou passar. Imediatamente uma senhora diz: "meu senhor a fila é esta aqui". E o rapaz: "minha senhora, não está vendo? estou machucado, e o moço aqui permitiu que eu passasse na frente". A senhora continuou: "então se você está com pressa, eu também estou, se o moço lhe cedeu a frente, então o moço vá para o final da fila". Voltando-se para o moço que cedeu a vez na fila, a senhora continuou: "o senhor vai fazer isso por ele? se for assim tudo bem, porque eu estou com pressa!".
O moço saiu de seu lugar na fila deixando que o rapaz com ferimento se utilizasse do caixa. As outras pessoas da fila disseram: "não, não precisa sair so seu lugar, pode ficar". Mas mesmo assim o moço saiu, olhou para a senhora e indagou: "pra ser gentil não precisa ter pressa não é?".
O moço não ficou na fila, foi embora depois de têla enfrentado inteira.
Acho que ele ficou um pouco nervoso, percebia-se enquandt olhava para a senhora e dizia aquelas palavras para ela.

Várias vezes nos deparamos com situações de pessoas "furando" filas. De fato, para os que estão atrás isso é horrivel, talvez nem tanto para os que estejam mais na frente.
Mas, e no caso contado, o que fazer? Ser gentil como o moço foi para o rapaz? Ou fazer como a senhora?

Bem, de qualquer forma, a senhora se sentiu mal, com todos olhando para ela. E provavelmente ela não esperaria que, sem discutir, o moço saísse da fila doando seu lugar para o outro rapaz.

Real azul

O real azul não é o céu,
Ele poderia ser de outra cor.

O real azul não é o céu,
Eu vi, a noite o céu muda de cor.

O real azul não é o mar,
Pode também ser verde.
E se sujo, aí fodeu.

Me disseram que o real azul é a nota de cem.`
É, eu acreditei.
Eu nunca vi nota de cem de outra cor.

domingo, 11 de outubro de 2009

O último solteiro

Foram-se com seus filhos
e com suas mulheres.
Os copos ficaram vazios,
as garrafas, cheias
esperando aquelas farras antigas
de homens solteiros.
O bar perdeu clientes,
também a varanda perdeu.
Foram-se para suas casas
alimentar seus filhos
e suas mulheres.
Foram-se dormir com as mesmas mulheres.
Só ficou o solteiro
com as outras mulheres
que eles deixaram.
Só ficou o solteiro
com a varanda só pra ele,
com as garrafas só pra ele
e tudo o que sobrou pra ele.
O bar ainda tem um cliente,
até que este se vá também.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Física x Poesia




A física é uma ciência muito bonita, há quem diga que é o ramo mais simples das ciências.
Quando decidi cursar licenciatura em física, pensei com é incomum - pelo menos pra mim - um físico que dedica parte do seu tempo a escrever poesia.

A arte de pensar e expor o pensamento em forma de escritos é muito interessante.

Recentemente comprei o livro "The Universe in a Nutshell", "O Universo Numa Casca de Nós" de Stephen Howking, um best seller mas que fala sobre física. Bom, não é um livro de poesia, mas é um livro sobre física, escrito por um físico e que vendeu tanto quanto outros livros de literatura não científica.

Eu, por minha vez, raramente escrevo sobre "física". Estou dividido entre os textos metafóricos que leio e escrevo e está ciência fascinante que se chama física.

Há uma coisa que acho interessante entre os alunos atuais do ensino médio: normalmente ou gostam das ciências humanas e letras ou gostam das ciências exatas.



Mas enfim, me breve, um Físico Educador, eu, estará aí com um livro de "poetry" para aqueles que gostam de uma leitura assim.



Não se preocupem, meus futuros alunos de física, as aulas de física não se transformarão em aulas de literatura. Ao contrário, faremos uma viajem fascinante na história e nos conceitos dessa ciência curiosa e intrigante que me divide em físico e poeta.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

A Calçada

O menino sentado na calçada,
Olhando pra frente,
Olhando pra cima.
O menino vai até a esquina.

Volta pra calçada, menino.
Chega pra sentir frio.
Chega pra sentir medo.
Chega, vem ligeiro.

Olha, lá vem a fome.
Espera mais um pouco, menino.
Espera que já clareia pra enganar a fome.

Não levanta ainda, menino, deita.
Deita, dorme e espera...

Espera pra morrer de fome.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

de onde viemos

São coisas que eu também não entendo.

Por que viemos,

Por que vamos.

Mas eu acho que sei por que vamos:

É por que não podemos ficar, não aguentaríamos.

Resta a filosofia do porque viemos e então pra onde vamos.

Resta um tanto de esperança em cada canto dos cantos que existem.

Restam esperanças nas crenças dos crentes, nas crenças dos descrentes,

No ceticismo dos céticos.

Restam esperanças nos furtos dos ladrões,

Diversas esperanças na pobreza dos mendigos,

Nos enganados,

Nos famintos.

Restam esperanças nos guerreiros,

Nos educadores,

Nos aprendizes,

Nos pais,

Nos que querem esperar.

Resta saber de onde viemos e se voltaremos.

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Trapaça

Festejemos na festa dos desesperados.
Vamos contribuir para que seja banido todo o olho magro.
Cantemos a locução da imaturidade.
Joguemos o baralho dobrado.
Ascendam a chama da burrice em efeito dominó.
E calemos os seguros.
Acabemos de vez com a inteligência – que tanto nos faz errar.
Enganemos os que pensam.
Brinquemos de amar, de ser feliz.
Brinquemos de ter juízo.
Brinquemos de tudo que brincávamos.
Brinquemos desse futuro.
Ensinemos o mundo a brincar.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

O que vou ser quando crescer

Um dia eu vou estar correndo novamente como fazia quando era uma criança,

Vou até cantar as canções inocentes que cantava antes.

Quero cobrir meu passado para fazê-lo novamente como se fosse a primeira vez.

E quando eu crescer vou querer ser rei, como eu queria ser quando eu era criança.

Quando eu crescer vou querer ser criança.

Vou querer viajar até o outro bairro pra brincar com o Rubinho e a Rafaela

E quando me abusar, vou querer voltar pra casa pra brincar com a Keite e o Orlando.

E quando minha mãe me chamar, vou tomar banho pra dormir.

Quando eu voltar a ser criança vou querer estudar novamente com a Tati e o Zé Carlos.

Vou querer comer pastel no recreio e depois brincar de boto.

Vou fingir que não sei andar de bicicleta, só pro meu irmão me ensinar de novo.

A bicicleta terá rodinhas.

Vou ter uma bola nova – que é tão legal.

Vou pular amarelinha com a Rafinha, o Paulinho, a Ná e o Kevinho.

Vou tocar a campainha e correr da Birucha.

Quando eu crescer vou querer ser criança.

E quem sabe um dia estarei escrevendo isso aqui outra vez.

segunda-feira, 31 de agosto de 2009

grávido

o corpo caiiiiiiiiiiiiiu. gravidade.

gravidez, caiu também.

e agora? é grave?

tá gravando.

domingo, 30 de agosto de 2009

Eco

Eco!
Eco, eco, eco, eco, eco...?

Cadê você?
Você, você, você, você...?

Esta ai?
Ai, ai, ai, ai...?

Ou tá aqui?
Aqui, aqui, aqui, aqui...?

Eco!
Eco, eco, eco, eco, eco...?

Você se esconde?
Onde, onde, onde, onde...?

Porque não aparece?
Parece, parece, parece, parece...?

Vem!
Hein, hein, hein, hein...?

Num vem não?
Não, não, não, não...!

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Quente

Quero que as pernas se entrelacem,
Que os braços abracem,
Que as mãos toquem.

Quero sentir calor,
Pele macia e suor.

Quero não mais me sentir,
Quero isso pra evadir,
Corpo nu
Sobre mim.

Quero sangue nas veias,
Subir pelas telhas,
Que dois sejam um.

Quero cheirar o perfume,
Sentir o ardume,
Ver teu flume,
Tua cor,
Ver teu lume.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Nomes

José, a quem chamaram de João.

Lourdes, a quem chamaram de Lúcia.

Mateus, a quem chamaram de Marcos.

Pedro, a quem chamaram de Paulo.

Judas, como chamaram o boneco.

Visconde, como chamaram o sabugo.

Honesto, como um corrupto se chama.

Cadeira, a qual se pode sentar.

Chupeta, a qual se pode chupar.

Caneta, cuja qual se pode escrever.

Letras, cujas quais se podem ler.

Amor, que alguns chamam de sexo.

Dor, que alguns chamam de amor.

Sexo, que alguns chamam de dor.

Nomes, palavras, significados...

Que alguns chamam de confusão.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Epigrama*

O mundo é bom...!
Eu é que sou ruim...!


* Segundo o Dicionário Aurélio, epigrama é:

Substantivo masculino.

1. Poesia breve, satírica; sátira.

2. Dito mordaz e picante.

terça-feira, 4 de agosto de 2009


Querido dicionário


Já cheguei na parte com sílaba “co”, já sei o que é cociente, cocô, cócoras, co-gestão e coincidência. Destas, tenho certeza eu não mais esquecerei.

Espero, quando chegar na sílaba “zu”, ainda sobrar espaço para decorar o meu mais novo querido dicionário de inglês e depois o de espanhol. Ah, espero que sobre também para o meu futuro querido livro de matemática e também o de física, o de química, o de história, geo-história de  Alagoas, biologia, geografia e filosofia.

 

Boa noite, querido dicionário.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

O Beijo

Aqueles rios que se cruzam,
Aquele balé que acontece,
Um momento de esquecimento do mundo.

Olhares paralisantes que se cruzam,
Se encontram,
Mãos que se pedem e calmas valências.
Um momento sem existência de raciocínio.

Espelhos que não refletem,
Apenas guardam as imagens.
Cores que não distinguem-se,
Misturam-se.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Coisas que bastam

São muitas as coisas que percebemos,

Que concebemos,

Acreditamos.

E depois de algum tempo,

De algumas delas,

A gente se esquece.

O mundo gira em torno de um centro de massa comum,

Comum entre outros corpos,

Grandes e distantes que nem fazemos idéia.

E depois de muito tempo,

Muita gente ainda nem sabe disso.

A gente ainda não sabe de um monte de coisa,

De outras a gente nem quer saber,

De outras, basta a gente esquecer.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

É fuga

Não entendo este momento:
Penso enquanto não consigo pensar,
Amo quando não há o que amar,
Te toco mesmo sem você estar.

terça-feira, 28 de julho de 2009

A Ponte

De um lado é água,

e também do outro.

Pra frente, estrada,

atrás também.

Pra cima é céu,

e pra baixo é água e terra.

Passam autos,

voltam autos,

com pessoas.

Encobrem jangadas

com suas pescadas

que vão para postos

perto dali.

São muitas, diversas,

mas nenhuma como aquela.

Bem simples e frágil,

de madeira auto-sustentável,

e está firme e contente,

eu sei,

Ela range pra gente.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Amor de três estrofes

 Amor que vai e vem,

Que vem e não volta,

Amor que se revolta,

Que todo mundo tem.

 

Amor que é selvagem,

Que não esconde a vaidade,

Não tem estiagem,

Que atende a vontade.

 

Amor inconfundível,

Que não se esconde,

Aparece,

Que às vezes enlouquece,

Mas que é invisível.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

O fim do mundo

E se o mundo acabasse agora?

Não!

É melhor não.

Ainda tenho que estudar pra prova de sexta.

É melhor que o mundo acabe no sábado.

terça-feira, 21 de julho de 2009

O som dos pássaros

Quando dezembro vier mais uma vez
eu quero estar em casa.
Quando o inverno congelante vier novamente
eu quero estar em casa.

Quando o inverno tiver passado e chegar a primavera
eu quero estar em casa vendo pela janela
os pássaros cantando
enquanto dezembro não chega mais uma vez,
enquanto o inverno congelante não vem novamente.

Quando está frio
eu não ouço o som dos pássaros.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

O amigo do interior

Não muito distante da minha casa,

Não muito distante do meu real.

Foi onde conheci um tal cara

Considerado genial.

A ciência foi sua guia,

Buscou filosofia.


Sujeito simples,

Agradou a todos.

Faz caras rirem,

Mulheres, se apaixonarem.

Não era belo,

Mas nem precisava,

Sua beleza no interior estava.


Hoje é amigo do peito,

Com palavras simples escrevo

O que seus queridos diriam,

Uns até com mais despeito,

Que está no interior dos nossos corações

E está eleito.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Outras Sensações

Não me deem arma nenhuma,

    Eu mesmo não me conheço.

Não quero café, nem guaraná.

Tenho roupa nova e vou sair,

    Não sei quando volto,

    Nem se quero vir.

Vou estar em outro mundo,

    Menos incompetente,

    Um mundo inconsciente.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Viajantes do Futuro

Viajantes do futuro

Esperando algo para comer

Esperando para serem comidos

Pessoas comem pessoas

Carnes comem pessoas

Cães comem carne

Inimigos comem-se

O bebado se encontra sóbrio

Seus filhos estão famintos

The end.

quarta-feira, 8 de julho de 2009

De Graça

Sonhar,
Porque sonho é de graça,
Não trás desgraça,
E quando acorda passa.

Cantar,
Pois quem canta se alegra,
O coração acelera,
E também é de graça.

Andar,
Pois quem anda conhece,
Vê e não esquece,
Pisa fundo
E é de graça.

Ler,
Quem lê viaja,
Aprende e guarda,
Depois repassa,
E o melhor,
É de graça.

Nadar,
Sentir o mar,
Se refrescar e mergulhar,
De graça.

Sobreviver,
Comer,
Se proteger,
Morrer.
Esses também são de graça?

terça-feira, 7 de julho de 2009

Doses

Dose,
Outra dose,
É dose
De uísque.
Copo,
Outro copo,
Mais um copo
De cerveja.
Sede,
Que sede,
É sede
De água.
Surdez,
Surdez,
O que ouço?
Falar,
Falar,
O que falo?
Sei falar?

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Alegria é sentir bem

Tem alegria quando a gente se sente bem
E quando a gente nem percebe que está bem,
Mas a gente sente.
Só não tem quando a gente não sente.

Tem alegria quando a gente acredita no futuro,
Quando a gente acredita na escolha
De não ficar em cima do muro.
Só não tem quando a gente se sente na dúvida.

Tem alegria quando a gente escuta nossa música,
Quando a gente canta nossa música,
Quando nosso coração sente que é nossa música.
Só não tem quando o coração não sente.

Tem alegria quando a gente ama,
Quando a gente escreve carta, telefona
Quando a gente se encontra.

Tem alegria quando o fim de semana chega.
Tem alegria quando a gente faz besteira,
Quando a gente não esquenta a cabeça.
Tem alegria quando não tem uma só maneira.

Tem alegria quando a gente diz que tem,
Quando a gente se aventura,
Não tem medo de pedra dura,
Quando é boa a loucura
E não deve nada a ninguém.

terça-feira, 16 de junho de 2009

acordei de novo

hoje acordei sem grana,
com fome, sem cama.

acordei pensando em comer,
como vou viver?

hoje vou dormir mais cedo,
quando a pressão baixar e eu ficar com medo.

vou dormir com frio,
de novo,
sozinho.

sábado, 13 de junho de 2009

Consternação

A gente muda o pensamento,
A gente muda o lamento,
O coração é jogado ao vento
Por alguém que diz que não te gosta.

Tudo vira sofrimento,
E não se segura esse sentimento
Que desdenhosamente
Foi deixado do lado de fora.

Não, não quero mais viver
Desse jeito sem poder ter
A pessoa que faz sofrer.
Minha vida não está tão farta.

Meus pés mal me suportam pra andar,
Meus olhos não sabem o que ver,
Meus lábios, o que dizer,
E o coração só quer chorar.

sábado, 6 de junho de 2009

Tudo o que restou

Não quero o vento soprando no meu ouvido
Pois posso pensar que é você.
Também não vou querer olhar para o sol,
Posso me lembrar do seu sorriso.
Acho que é melhor desligar o rádio,
Todos os CDs que tenho foram dados por você.
Acho que é melhor não ver o mar,
Não ver a chuva,
Não tomar mais vinho.
Vou tentar não olhar para as estrelas
E tentar não perceber a lua.

Por que temos que deixar as coisas que gostamos,
Esquecer das que amamos,
E parece não ter fim?

Será que pra todo mundo é assim?

sábado, 30 de maio de 2009

Cadê a fala do personagem?

Pouco ou muito,
Sou filho do mundo
Ou nada sou!
Aquele não sou eu!
Sou aquilo eu não sei,
Aquilo que quase fui,
Aquilo que quase esqueci,
Aquilo que quase ameacei.
Aquilo que fui e não sou.
Se por acaso esqueci,
Não fui o suspeito da escrita.
Se em algum momento amei, mudei, perdi a noção do título,
Foi a sombra, não eu.
E se não entendi, respeitei.
E agora sou isso aí,
Rabisquei e não rasguei.
Espero por mim.
Estou aqui,
E sumi.


Ord'ep
Alex Araújo

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Antologia da Hora

Estaria mentindo se dissesse que
não me deixo levar por coisas pequenas.
Mentiria também
se dissesse que sou grande.
Sou coisa humana.
Ouço música, leio livros,
vejo TV, coço meu umbigo,
limpo o nariz com o indicador,
me tranco no banheiro,
penso em amor,
me jogo no chuveiro.
Sou coisa humana,
me encontro entre ouras coisas.
E estaria mentindo
se dissesse
que sei o porquê.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Ainda é assim

Quando a noite chega cedo é tão estranho,
A gente não vê o dia.

Quando a manhã chega cedo é tão estranho,
A gente não dorme demais.

Quando a maré está alta é tão estranho,
Não é seguro nadar no mar.

Quando é meio dia no sertão é tão estranho,
O sol queima mais.

O arco-íres é legal,
Ele aparece quando agente está em casa
Trancado por causa da chuva.
A gente pode vê-lo pela janela.

Epidemia também é legal,
Faz a gente ser igual.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Palavras Cruzadas

Macaco, cavaco,
Miolo, tijolo.
Banana, Santana,
Laranja, bacana.
Tijolo do forte,
Banana de monte,
Macaco que come.
Jardineira, rocheira,
Jaqueira, cadeira,
Fulano, sicrano,
Mamadeira.
Cruza palavras
Num caça-palavras.
Caneta, marreta,
Impares, pares,
Jantares, colares,
Chupeta, porreta.

terça-feira, 12 de maio de 2009

De repente noite

Os portais se abrem e não enxergo nada,
Ultrapasso o tempo e não enxergo nada.

Vou andando e sigo,
Estou chegando calado,
Tão quanto tudo me aparece
E de repente já é tarde.

Se foi pensamento em volúpia,
Se foi distâncias de amar,
E se nada for disperso encontro a paz.

Estou quieto como uma vitrola desligada,
Como uma luz apagada, mas sou assim.

Estou vivendo, só observando,
Virando o burguês.


Ord'ep
Alex Araujo

segunda-feira, 11 de maio de 2009

Felipe, o amado

Eu tenho um amigo
Moreno e sabido
Que se acha engraçado,
Goleiro e fortão.

É um amigo que gosto,
Nele eu aposto,
O gol ele agarra.

É uma figura,
Parece desenho animado,
Brinca de ser hominho,
Lá vem Felipe, o amado.

Mora lá no morro,
Por onde o vento primeiro passa,
Seja limpo ou com fumaça
Da usina lá em baixo.

Esse é grande amigo
Do coração gigante,
Amigo que guarda consigo
Todos os seus amigos,
Todos os seus diamantes.

Lá vem Felipe, o rico,
Rico pelos diamantes,
Rico pelo conhecimento,
Pela fé a todo o momento.

Lá vem ele, o bala,
Quer encenar sua fala,
Mostrando que está presente,
Deixando a gente contente.

“Vai-te embora, porra chata,
Vê se aquieta teu cuzão.
Mas volte sempre, e quando queira,
E nunca, nunca esqueça,
Seus amigos te aguardam.”

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Coração de Rubi

Ester me deu um coração de papel
pintado com vermelho rubi.

Mas meu oração chorou,
e então sua cor desbotou.
Foi-se embora o vermelho rubi
que Ester pintou para mim
com seu lápis de cor.

domingo, 3 de maio de 2009

A moça do vestido longo

Certo dia ela chegou,

Ela chegou contando histórias

De quão diferente era sua antiga moradia.


 

Falava do bairrozinho, do irmãozinho, e da cidadezinha.

Falava dos seus sonhos, ideologias e sobre a democracia.

Falou porque veio parar aqui, o que queria e como foi partir.

Deixou pra trás família, amigos, amores,

Agora foi hora de evadir.


 

Certo dia ela contou, que não sabia o que fazer.

Sua admiração a abandonou

Ou era cego e não a pode ver.

Foi triste para ela conviver de um jeito assim,

Mas ela sempre foi forte e pensou muito antes de dormir,

Pensou muito para não se partir.


 

O coração as vezes entristecia,

Mas era difícil entendê-lo.

Coração é um mistério,

Nem o cérebro sabe o que ele quer.


 

Hoje ela desceu as escadas do seu novo lar

Com um vestido longo e leve.


 

Ela não se importa.

Ela solta os cabelos,

Ela grita e dança,

Ela lava roupas e canta,

Ela olha pro céu e se encanta.

De manhã cedo se levanta

E dá um bom dia feliz.


 


                    (Feliz Aniversário Daiane Diniz)

sábado, 2 de maio de 2009

Violeiro, head banger, sossegado


 

Eu vou onde tem mulher,

Onde tem cerveja e cachaça,

Onde tem arrasta pé,

Onde agente se esbagaça.


 

Porque eu sou head banger,

Cabra de botar pra foder,

Chego no bar e derrubo todas

Que me derem pra eu beber.


 

Quando eu ficar velho

Vou ficar velho e danado,

Sempre com um copo de cerveja

E uma mulher do lado.


 

Porque eu sou violeiro,

Cabra velho e apaixonado,

Chego no bar e canto todas,

Sempre, como eu só, sossegado.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Quase Noite

É fim de tarde

É quase noite.

Meu amor não liga,

Meu amor não chega.

Parece que me esqueceu

Ou que na quer mais me ver.


Pois a noite já chegou

E eu só, estou

Pensando na chegada do meu amor.


É meio de noite

E o frio também chegou.

Agora não sei mais o que pensar.

Onde estará o meu amor.


E que amor será esse?

Será mesmo o meu amor?

Será que amor se deixa?

Será que amor se queixa?

Por que ainda não passou?


Vou esperar mais um tantinho,

Ainda o tenho com carinho

Pois amor também é seita,

A gente se prende

E se surpreende,

Mas com jeitinho

A gente ajeita.


Vou dormir e vou sonhar

Com meu amor que essa noite não veio.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Time to go

Nothing, nothing,
nor a word,
nor a letter.

There isn't anything,
nor good,
nor bad.

What lives here is nothing.

I don't know why.
why?

Maybe I'm nothing,
or I want to be that.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A caneta

Peguei uma caneta,
fiquei girando-a entre os dedos.

Uma moça linda passou,
me disse "oi" e eu respondi.

Mas para respondê-la
eu parei de girar a caneta.

A má escola

Era quase sempre assim quando na escola eu estudava.
Um professor ensinava equação e raíz, outro, do verbo to be falava.
Tinha o que falasse de Dom Pedro e da República, mas,  outro que do relevo brasileiro não passava.
Eram esses, os mesmos assuntos, que a gente sempre via, o ano inteiro, todo dia.
Houve um tempo até, que quiseram, lá,  me ensinar a rezar.
Mas ninguém me respondia, talvez não sabiam, o porque que eu tinha que estudar.
Um dia eu descobri porque daquilo nào gostava.
Num telejornal vi e ouvi, uma médica entrevistada dizendo que nosso organismo rejeita o que não o serve, não presta ou o que faz mal.
Então tive a resposta do porque que depois das aulas, chegava em casa enjoado, ia ao banheiro e vomitava.

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Cegos na estrada

Eles caminham numa avenida,
uma avenida circular
que os remete sempre
ao mesmo lugar.

Caminham lentamente,
não têm pressa de chegar.
Sabem muito bem
que não sairão daquele lugar.

São inocentes de olhos vedados,
não olham pra frente nem pra trás
por não querer ou poder,
por medo ou preguiça,
por oportunidade.

Se encontram todos os dias,
inclusive em feriados.
Suas conversas já são vazias,
falam e escutam sempre
o mesmo papo furado.

É quando começam as gargalhadas
da piada de ontem ou da semana passada.
Então já saturado, chega o dono da estrada
pra contar uma super nova
que traçará mais sete dias
na boca dos entulhados
que trabalharão mais uma semana na mesma avenida
com os olhos vedados
pra ganhar o equivalente a uma semana de trocados.

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Nada Ainda

E o peixe nada.
Nada pra fazer,
Nada pra comer,
Nada pra falar,
Nada para ver.

O peixe nada pra viver.

Nada para amar,
para se emocionar.
Nada por equanto,
Nada por nadar.

O peixe nada pra respirar.

Nada para cima,
Nada para sina,
Nada para frente,
O peixe nada ainda.


Ord'ep
Jacob

quinta-feira, 2 de abril de 2009

cansados querendo escapar

cansado cansado cansado
cansado
me tirem daqui

cansado cansado cansado
socorro
não posso dormir

cansado
estou ficando louco
eu acho que vou fugir

cansado
eu não sou robô
cansado
eu quero sair

cansado cansado cansado
cansado
vou me esconder

acho que vou me retirar
estou com sede
quero comer

cansado cansado
olheiras
meus olhos querem se fechar

onde estão
onde estão as cadeiras
eu também quero sentar

cansado cansado cansado
não sei se vou aguentar

dormindo com os olhos abertos
cansados de nada pra olhar

segunda-feira, 30 de março de 2009

Começando a semana com coisas diferentes!

Não sou muito de ficar fussando coisas na internet, mas por acaso, hoje encontrei um blog interessante, ilário... Porém sua última postagem está datada de junho de 2007. Não sei se por falta de assunto do autor, por vergonha e etc.

Não faço nenhum cometário sobre ele aqui, deixo que vocês mesmos tirem suas conclusões.
Só digo que dei muitas gargalhadas!

É o blog do Pastor Moisés: http://blogpastormoises.blogspot.com/

Gostaria que ele continuasse escrevendo... muito engraçado!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Doctor das Neves

Oh! my course!!
Eu estou aqui
de verdade!
Eu não sou um deus,
eu cuido de vidas
dele.
I'm a champion!
Mas eu poderia ser
um agrônomo
ou um empresário.

Eu vim de lá,
do interior,
lá de onde religião é importante,
e foi assim que fiquei confuso
ao chegar aqui.
Aqui tudo me confunde,
músicas, pessoas, filmes, novelas,
jornal, bebidas, comidas,
my course.

Bem, mas eu sei que agora
eu sou das ciências
e mesmo em meio a tanta confusão
eu estou aqui para cuidar de vidas.
Good night, friends.

segunda-feira, 23 de março de 2009

Modernas formas de falar de sexo

Não sei se é o mundo moderno que está causando esta reviravolta turbulenta nas letras de música e nas formas como as pessoas estão expressando suas vontades sexuais em meio público.
Mas seja lá o que for é de péssimo gosto, além de tremenda falta de criatividade!
O incentivo indireto ao sexo infantil - não me refiro a pedofilia e sim a pornografia que é diariamente exposta as crianças - está cada vez mais comum. Deixo aqui minha critica ao “creu” e outras músicas. Quem escreve esse tipo de coisa não deve ter freqüentado a escola por muito tempo!
Talvez possa estar sendo interpretado como intolerante, mas o fato é que não vejo razão - social, econômica e qualquer outra que seja - nesses indivíduos para que se dêem a esse ato que considero sujo: compor coisas cretinas e sujeitar os ouvidos puros a elas.
Certo dia, passeando de bicicleta pela minha cidade, ouvi uma menininha, muito nova, pular amarelinha e cantar uma música que eu não identifiquei qual era, mas ouvi uma coisa do tipo: “me beija e me pega toda nua”. Até onde eu sei, crianças daquela idade não sabem o que é sexo! - se é que vocês me entendem. Mas cantam esse tipo de música naturalmente. Penso que se essas crianças não forem bem orientadas, que é o caso de muitas, podem se tornar, me desculpem a brutalidade na palavra, “depravadas”!
Acredito que o que disse aqui já foi suficiente para entender onde eu quero chegar com isso.

Para meus queridos amigos e leitores quero dizer que aderi a esta “moderna” forma de se expressar num texto que escrevi em março de 2007. Se chama “Poema de volta e redonda”.

Poema de volta e redonda

No orifício das nádegas
Onde o vento circunda.
Quando vejo tua bunda
Tremo o zíper das calças.

Estarei viciado, subitamente inundado,
Do início ao fim do poema,
Neste dilema
Estarei acordado.

Vivo, morto; morto, vivo,
Não é assim que me sinto,
Mas sinto meu amigo de baixo,
Subindo pra sentir teu abraço,
Nervoso, gostoso e sorrindo.

Arrumado, desajeitado,
Barba feita e despenteado.
É assim que mudo espera
Pra gozar bem no teu OBAR¹.

¹rabo escrito de trás pra frente.

sexta-feira, 20 de março de 2009

Foi

Alguma coisa aqui me deixou
Alucinado
Será que não seria melhor
não ter estado?
As vezes a consciência faz
mas sentido.
Também é legal.
Quando eu crescer
vou pensar mais
sobre isto,
afinal
tenho apenas
um metro e setenta e cinco
de altura.

Seguem a seguir duas idéias a respeito de estar alucinado.
Não se trata de nenhuma apologia, “Já” e “Foi” são antes brincadeiras poéticas relacionadas com este estado emocional.



Alguma coisa aqui nos deixa
Alucinados
Como será a vida de quem não se alucina
de vez em quando?
É um gozo.
Uma realidade fora
Fora de estar contido.
É sentir-se bem com o ínfimo.
É estar legal.
É viajar.
E estar aqui.
E pensar.
E trazer.
Fazer.
Amar.
Viver.

terça-feira, 17 de março de 2009

Soneto à vida

À vida que é verde
Vida que não fala
Que só sente
Vida que exala.

À vida que corre solta
Vida que chamam de fauna
Que auxilia e acompanha
Vida que nem sempre está calma.

À vida microscópica
À vida não desvenda
À vida injetada.

À vida que eu leio
À vida que eu sinto
À vida que eu tenho.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Acordado

Eu tenho um amigo que bebe comigo

Quando eu tô emotivado, quando eu tô irado.

Meu amigo escuta rock comigo

Quando eu tô são, quando eu tô chapado.

Meu amigo conversa comigo

Tagarelando e até mesmo calado.

Eu tenho um amigo que viaja comigo

Sem saber pra onde eu vou,

Agente viaja acordado.

Quando agente escreve um poema,

Meu amigo inicia o parágrafo.

Eu tenho um amigo que fica acordado.

Eu tenho um amigo que bebe comigo.

sexta-feira, 13 de março de 2009

An organ which had a dream

One day a thought
I couldn’t get here.
Now I know I’m able to
get further.
I’m going on kicking
the stones like they were
soccer balls... my ankle
is not going to be broken.
I’m sure and I have no shame.
So, I carry on, bringing with me
in my heart all the fellows
who I had good times.
I’ll never underestimate
the power which comes from
the sky because I’m sure that
a higher force is keeping us
safe.
One day, love and peace will
Become reality on the earth.

Comandantes do pequeno espaço (Terra)

Ouço um som.
Poderia até dizer que é um disco voador.
Estou sentado na calçada de minha casa,
o céu apresenta poucas estrelas
e há horas que não vejo a lua.
O frio da noite está agradável,
estou até sem camisa.
Aos poucos,
cinzas caem sobre minha cabeça,
sobre o meu pedaço de papel.
O barulho
Aumenta, desconcentra, desalimenta.
Para algumas tribos
É sinal de vitoria,
para outras, ilusão.
Minha terra é alienada por marcianos
que usam maquinas e turbinas.
Não é um disco voador,
é uma usina.

terça-feira, 10 de março de 2009

Botequim

É porque eu fui no botequim
Amando
e só.
Sem contar os minutos
nem os goles.
É porque eu não sabia
o que fazer
ou o que pensar.
Fui sonhando
dramatizando na imaginação.
Os pés quietos,
as mãos quietas,
mas inquieto
o coração.

terça-feira, 3 de março de 2009

Lembranças

Vamos navegando

E sonhando sem parar

Não para e cria

Um beijo

A luz do sol pra navegar.

Vamos ser felizes

Sem lembranças pra guardar.

Esquece tudo e beija

Vamos juntos navegar.

Olha só as nuvens

Flutuando como nós,

Olha nossas mãos

Tecendo juntas como um nó.

Vamos caminhando

Para juntos navegar,

Isso é mais que um sonho,

É mais que um beijo

É flutuar.

Well, well, well, my sweet Michelle

_____Bem, bem, bem,

Como te quero bem.

Como te quero demais.

Como como como o amor.

Como te vejo

Como te olho

Como como bebo o mel

Como como, well, well

Como como my sweet Michelle.