terça-feira, 14 de dezembro de 2010
Recíproco
domingo, 28 de novembro de 2010
Roubo
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Sexo Vicioso
terça-feira, 23 de novembro de 2010
Apenas dois caminhos
segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Sudoku
sábado, 20 de novembro de 2010
Eu e a multidão
sexta-feira, 19 de novembro de 2010
O Fim
quarta-feira, 17 de novembro de 2010
O fim do mundo 3
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Sem Céu
sábado, 13 de novembro de 2010
A Dança
Ciranda,
Olha o rebolado da Nanda.
Boi Bumba,
Abra o caminho pra Bruna.
Faz a roda,
Sinta a maciez da mão da Rosa.
Maracatu, frevo mulher,
Samba no pé.
O que é que a baiana tem.
O que a brasileira tem.
Tem o que ninguém tem,
Ela dança como ninguém,
De beleza que me faz bem.
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Minha Lua
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Esnobio
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Ilusões
E tragam os garfos para a luta começar.
Não esperem que tudo se desembainhe por si só.
E não se entreguem à vingança convencional.
Arrebatem as cadeias e esquadros do vasto incêndio.
Abriguem a fumaça.
Desarmem as redes e escondam os mantimentos.
E não se entreguem a qualquer estátua de ferro.
A noite será convertida, o dia será dilacerado,
ou vice-versa, ou tudo igual, ou nada será.
Bebam os sucos vendidos por suas próprias idéias.
E amanteiguem a linguagem até hoje frita.
Não se meta contigo mesmo, nem com tigo que tigo te deu.
Espalhem os cabelos e martelem os balões.
Puxem seus gatilhos e recorram às ilusões.
Entrem frio a dentro descobrindo o pós-noturno.
Criem os naturais oblíquos,
Os quais o som já esteve em luto.
Viajem pelo rio que a estrela não acalmou.
E terminem tudo de novo trazendo de volta o que voou.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
dEsPROporcionAL
fiquei assim,
não sou mais igual.
Meu braço direito ficou mais forte,
o esquerdo com ciúmes,
e querem sempre carnaval.
Meu cabelo da cabeça encaracolou,
imagine o outro, alisou,
e era esse ultimo que eu menos amava.
Minha barriga cresceu,
minha canela murchou,
meu nariz ficou de banda
e estou com uma unha encravada.
Mas parecia que ia dar certo.
Apliquei uma regra de três
aquela que não aprendi,
vai ver foi por isso que consegui
''três sol'' nos ''dois olho'' ao mesmo tempo.
Que diabo tá acontecendo,
sinto meu estômago remoendo,
e meu nariz tá escorrendo.
Só falta agora caganeira
e vômito ao mesmo tempo.
Mas quem sabe uma bendita cachaça
com gengibre, mel e limão
aquiete meu coração
e acabe com essa desgraça.
domingo, 1 de agosto de 2010
Feliz Dia Infeliz
Feliz mais trezentos e sessenta e cinco dias.
Você ganhou um novo vestido velho,
Espero que goste, espero que o termine de estragar.
Feliz mais um dia infeliz.
Vamos comer bolo de fubá e água,
Espero que não se engasgue,
Que não estrague.
Triste tarde como a de ontem.
Ganhamos mais algumas horas,
Ganhamos olhares de mais algumas senhoras,
Quem sabe amanhã tenhamos pão de trigo
Com café
Fraco.
Boa noite fria e barriga vazia.
Amanhã será um novo infeliz dia.
Boa noite estrelas que eu olho,
Estrelas que não me olham.
sexta-feira, 9 de julho de 2010
Corpos
São os dois dos dois integrantes
Traçando uma ação instigante.
Num instante,
O restante chegando,
Nossos olhos fechados,
Nossos corpos colados.
São feito elos de corrente,
O olhar não mente,
E ardente
Vai acabando o restante,
Vai chegando o instante,
Nossos olhos fechados,
Nossos corpos adormecidos
Colados.
quinta-feira, 8 de julho de 2010
Eu = eu(você)
Basta dizer que vai
pra vir o sentimento de saudade
pedindo pra que fique.
Basta ir,
que a saudade aperta
dizendo: volte.
É só estar,
que bate um abstrato sussurrando:
me abrace.
Sou agora um sistema de dois níveis:
um abraço ou uma saudade
oscilando inconsciente.
Sou uma loucura dependente,
uma função de você.
segunda-feira, 21 de junho de 2010
Agora não
E então?
Que tal agora?
Não escolher,
Não andar,
Não gritar,
Ou chorar:
Ficar na multidão.
Não crescer,
Não alcançar,
Não espernear,
Ou chutar:
Ficar sempre no chão.
Espera um pouco aí,
Fiquemos mais um pouco,
Durmamos mais um pouco,
Saiamos agora não,
Ainda não.
quarta-feira, 16 de junho de 2010
Lost in a cage
Lost
In a small space
Lost in a space
to run away
From here with no destiny.
What I feel is just… Oh…
I’m hungry…
Hungry for revenge.
I’ve became this furious figure
Who sometimes wanna see the death.
Thirsty,
Sickly necessity of blood.
Coerced, since I was a fetus,
To shoot up, to live and let die.
Lost and confined
In a small place,
In a tragic cage
Which ones call
Planet Earth.
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Um astro de presente
Não posso trazer uma estrela,
Antes ela me levaria,
E se pudesse trazer, ela nos queimaria.
Sobre o sol, eu digo o mesmo,
E tirando-o do lugar
O mundo se desvaneceria.
Uma nuvem é vã,
Aos poucos se condensaria,
E te enganando, evaporaria.
A luz parece ser o que está mais perto,
Mas, no entanto é de fantástica velocidade,
Assim já disse um Físico,
E outro, e outro, e outros.
O arco-íres parece um tanto irônico,
Usa o formato do globo,
A luz do sol,
E a água da chuva para aparecer.
Vou usar lápis de cor!
Dar tudo isso
À você.sábado, 5 de junho de 2010
Bem
domingo, 30 de maio de 2010
Estômago
Forte incomodo, de dentro para fora
do estômago.
Ligeira sensação de morte súbita.
O que quer-se apenas é defecar.
Mas, oh! que terrível é
quando isso se repete por vezes ao dia,
e quando se repete o dia…
Agoniante sensação de não estar satisfeito,
sem conforto em pé ou deitado,
defeca-se sentado.
Será um ácido?
Uma bactéria?
Verme ou germe?
Foi comida azeda,
iogurte vencido
ou remédio errado?
Ai meu Deus!
Aaaaaaaaaah!
Já estou farto
de tanto ficar sentado
apertando meu estômago.
Se gritar ajudasse, gritaria.
Se funcionasse, de cabeça para baixo ficaria,
mas deve ser pior,
eu não aguentaria,
antes no vaso do que na minha cabeça.
Não há comida aqui dentro,
tudo deve estar se corroendo.
terça-feira, 11 de maio de 2010
Pra sentar na calçada
E sentir o vento passando,
Quero voltar pro interior
Onde a brisa da noite é tranquila,
Sem fumaça.
Eu me lembro que fazia
Todo dia a mesma coisa:
Sentava na frente de casa,
Qualquer que fosse a lua,
Pra sentir o frio da calçada.
Mas um dia ei de voltar,
Só que nunca mais será
Como era sempre antes.
Hoje há carros, há buzinas,
Lá no interior, agora tem usinas.
Vou ficar com a lembrança,
De até uns dias desde minha infância
De quando ficava na suja calçada
Olhando pro céu,
Procurando o nada.
Me espere, calçada,
Que irei esquentá-la.
sábado, 17 de abril de 2010
Canção das belas idas
Linda, toda lima.
Como a vinda de um dia,
Como a trinda que se infinda.
Bela, como a tela de uma era,
Como a terra que te espera,
Como a erva que desterra.
A ouvi, como um tom de colibri...
Meu encantei, meio a tanto me inspirei.
Hoje nem sei
Aonde vou, que direi.
Nem sei mais das madrugadas,
Sob a luz parda mal olhada,
Esperando o sol raiar.
E que dirá a minha amada,
Que ali triste e embriagada
Me espera a meninar.
E como se foi do colibri
Que quando vi não mais estava.
Talvez, por tanto, o esqueci.
O meu amor que não estava,
O canto do colibri.
Mais uma noite a madrugada.
Mais uma noite e não dormi.
O sono denso,
O sonho intenso,
E em minha mente o colibri.
O silencio se fez canção
E eu amei a solidão
Prometida desde então
Pois perdi meu colibri.
E agora coração?
O que faço com a razão?
Que perdi tempos atrás
Onde ele mesmo se desfaz.
Recordando só saudades.
Pensando nas intimidades
Que o colibri cantava.
Se vale a pena ao colibri,
Não sei.
Pois a ave de belo canto
Foi-se embora de mim.
A tristeza é um lamento
De um canto em que lamento:
A ida do colibri.
sábado, 10 de abril de 2010
sou meu coração
coração bobo
bate desordenado,
bate, me deixa calado,
sou bobo também
cabeça com o pensar
longe,
bem longe do chão da estrada
e o coração não para.
estou longe também.
saudade faz brilhar os olhos,
mostrar um sorriso
num compasso bem lento
pensando num abraço.
ainda estou a caminho.
sou meu coração.
quinta-feira, 1 de abril de 2010
contigocontente
deixaeupularacerca
porquedesteladosótemsolidão
queroestarsemprecontigo
ealiviaradordomeucoração
dediaveropasto
asfloresdocampo
ospássarosvoando
noventosentirteuabraço
detardeficarnumasombra
comteuombroaomeulado
etuacabeçaencostadajuntoaminhacabeça.
denoiteolharasestrelas
navarandadafrente
contente.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Bicho
Bicho
Bicho do mato escuro
que vive sozinho
no meio do nada.
Bicho, a fera ferida,
que foi desprezado
na suja calçada.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Do pouco que era muito
A moda está me corrompendo,
Minhas roupas estão me deixando hipócrita,
Meu sorriso, me fazendo fingido.
O que está acontecendo com aquele garotinho
De inocência e rosto sujo,
Sandália 33 e olhos espertos?
O que está acontecendo com minha coragem?
Estou tão covarde.
E nem sei se foi sem querer,
Acho que sou culpado – também.
Acho que vou subir
Pra mais alto do que já estou
Pra ver o que acontece,
Pra ver se me corrompo mais ainda,
Pra ver se levo mais comigo,
Pra ver se invento uma moda também, neste dia.
quarta-feira, 17 de março de 2010
Tímido
São poucos os meus livros,
os artigos,
os jornais que li.
Mas tudo é pouco
sempre quando ouço
sua voz
mais uma vez.
Quero que a idade não venha,
pois, aí meu Deus, que pena
não estar mais com você.
Mudo, de repente, o tom
da minha voz agreste,
de cabra da peste
para um quase mudo som.
Sei que vão faltar palavras
quando um batido bem apertado
me fizer fechar os olhos
e escancarar meu coração.
Quero, então, terminar sem rima
Como fiz no começo
desta declaração de amor.
sábado, 6 de março de 2010
Como antes, de novo
hoje fiz mais um rascunho
da minha vida
e o destruí
pra começar de novo.
abracei
pra sentir
e soltei
pra ter saudades
e abraçar de novo.
como se não pudesse,
não estivesse,
não se conhecesse.
hoje fechei os olhos
para abrir
e fechar
de novo,
e manter fechado
por alguns instantes
de novo.
voei
de novo
como fiz antes
de voar
de novo.
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
O colecionador de canudos
Encontrei milhares de riquezas no sul da Palestina. O ocidente já não me deixa em paz.
Estou com febre e moribundo, mórbido e desfigurado. Os espíritos, todos, se inflamaram, e as águas tintas às veias surradas derramaram-se num estranho morim.
O contemporâneo esboça minha lâmina, e minha ira retoma a idade central: “o curumim a mendigar o linguajar dentro de mim”.
Meu sono entorpecido pela destreza que tive ontem fabrica ilusões em meus olhos fatigados.
Não acompanho a hora fria, e nem consigo. Ninguém me segue, ninguém me ouve, ninguém me vê, ninguém me viu, ninguém me sabe.
Descubro aos poucos, além disso, que meu lugar é o retorno, que os que me tiram me deixam lá, e quando há tudo não tenho utopia, não tenho redor, não tenho radar.
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Sistema
Cheque o cheque que te dei,
Pode ser um xeque-mate,
Sem fundo e a vista.
Assistente que assiste e que assessoria, assessor.
A vida de muitas vidas depende da vida de outras.
Esqui: patins comprido para deslizar sobre a neve ou água.
Esquina: cunha, canto exterior.
Esquimó: habitante de terras árticas.
E nós?
Somos como cromossomos?
Hereditários?
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010
a personalidade do TEMPO
que o tempo
anda reto
tem espaço
que o tempo
anda curvo
tem curvas
que o tempo
passa rápido
tem horas
que o tempo
passa mudo
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
O vento
As maneiras que o vento toca as folhas
Aleatórias, como as folhas e como os ventos.
Na neblina das montanhas, o vento ecoa
É quase um uivo, e meus ouvidos ficam atentos.
A lua atrai e vem o vento
Tem onda, tem maré.
Lá vem uma nuvem, deixa chuva
Lá vai a nuvem, deixa o sol aparecer.
E tem o ar
Do teu suspiro
O qual queria
poder respirar.
Mas sinta o vento
da minha boca
que dá a teu nome
um movimento.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Chovia no quarto
Preso no quarto
Chovendo no quarto
Na minha cabeça
A chuva dizia
Nunca se esqueça
Você está preso no quarto
E a chuva sou eu
Eu nunca entendia
Chovia de noite
Chovia de dia
E eu ficava no quarto
Preso no quarto
Chovendo no quarto
Na minha cabeça
esta poesia
sinta, sinta, sinta
esta porra.
sinta, sinta, sinta
esta agonia.
sinta, sinta, sinta
este sentimento.
sinta, sinta, sinta
esta alegria.
sinta este prazer,
este gozo,
este viver.
sinta, sinta, sinta
esta poesia.
sábado, 16 de janeiro de 2010
o passado de hoje
eu posso acordar hoje
eu posso levantar hoje
eu posso sair hoje…
hoje eu posso caminhar,
tocar a vida pra frente.
posso me biritar,
conhecer tanta gente.
hoje eu posso aproveitar o hoje.
hoje, hoje…
ontem.
hoje descobri que ontem é passado de um hoje.
domingo, 10 de janeiro de 2010
Ao amor desconhecido
Deixe-me só, com o que escuto, com o que leio.
E não estranhe quando me verdes andando sozinho.
Hoje, a lembrança do teu corpo e o que aprendi ao longo dos tempos.
Não me importo com o que dirão quando me verem sem documento, sem álcool, sem roupa. Serei eu mesmo.
E quando ouvires os tambores do meu coração, não tenhas dúvida.
Hoje estive em Angra, em Goiânia e em São Joaquim. Estive em Hiroshima e te trouxe uma rosa. Mas talvez tivesse sido melhor ficar na praça central do Líbano ou então na Groenlândia.
Deixe-me com a razão que não tenho. E não estranhe se eu não mais chorar.
Só espero, se não mais lembrardes de mim, que eu durma.